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Programação

Convivendo com a diversidade.
Respeitando a diferença!

 

   O começo do Xambá no IFPA germinou entre os muros da sala de aula. Esses que, às vezes, ironicamente oprimem muito mais do que libertam. Fomos desafiados a organizar, produzir e pensar um projeto que combatesse a discriminação. Nosso público? A comunidade interna do campus Belém. Porque, afinal, a mudança precisa ser por dentro. Entre muitas ideias, propostas e tarefas, organizamos um projeto colaborativo, construído em muitas frentes. Fizemos uma história em quadrinhos, um videoclipe, um jingle. Produzimos conteúdo para site e Facebook que resultaram na programação do dia 11 de março.

   Reunimos em um dia inteiro de programação histórias de gente que resiste. Mulher, gay, bissexual, negro, pobre, afro-religioso, o que fala diferente e vem de outros lugares, a cultura drag, a diversidade. Foram histórias de luta, de existências marcadas pelo preconceito e pela discriminação. Partilhamos experiências, discutimos leis, crimes, preconceitos, estigmas. Partilhamos lutas, mobilizamos saberes, levamos informação com a esperança de que mais e mais pessoas possam acessá-las e transformá-las em conhecimento e se permitir ao aprendizado.

   Pensamos em uma programação que abordasse de forma leve temas que ainda assustam e incomodam. E, se incomoda, sabemos que estamos no caminho certo. Porque aprendemos com grandes mestres que esse caminhar inquieta, desestabiliza, porque também provoca mudanças que levam ao saber. E, ao conhecer, passamos a olhar de um jeito novo e menos preconceituoso, sem julgamentos, porque a diferença é parte da vida e deixa nossa jornada mais rica, diversa, plural. E isso deve ser celebrado.

   É claro que não mudaremos o pensamento das pessoas de uma hora para outra. O diferente ainda choca e causa estranheza, gera discriminação. Esse processo é lento, diário. Porque desconstruir anos e anos de estereótipos e ideias enraizadas leva tempo. Mas deixamos a mensagem de que, como futurxs educadorxs, temos o compromisso de contribuir com uma escola mais acolhedora e preparada para respeitar e trabalhar as diferenças, promovendo uma convivência solidária e mais humana. E, para isso - perdoem o clichê -, precisamos estar de olhos atentos e coração aberto. É nosso dever, como profissionais da educação, irmos em busca de conhecimento, porque ele ajuda a iluminar os caminhos obscuros da intolerância.

Repensar preconceitos é uma forma de acabar com a discriminação. Permitir-se conhecer antes de acreditar em discursos prontos, em reproduzir histórias e expressões carregadas de intolerância. Como educadorxs, que possamos sempre respeitar e construir uma escola mais acolhedora e mais próxima de uma educação libertadora.

   É desafiador e necessário fugir do lugar comum, das nossas frágeis convicções em um mundo em constante transformação. É uma atitude de compromisso não apenas como educadorxs, mas como gente disposta a construir uma sociedade melhor. Essa prática começa por dentro, em um esforço permanente de desconstrução. Todo dia.

. Agradecemos a todxs que participaram das mais diferentes maneiras do nosso projeto e dedicaram um pouco de seu tempo a dividir e ouvir histórias de luta e resistência. Foi apenas o começo de nosso sonho por um mundo que aprenda a conviver com a diversidade e respeitar a diferença.

   Equipe Xambá!

 

  Confira a matéria que a Assessoria de Comunicação do IFPA - Campus Belém produziu sobre a nossa programação:

Arte Visual: Rubens Pinheiro da Cunha

Arte Inicial: Antônio Malato

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