top of page

Xambá na história 

     Tradição religiosa de origem africana, a história da Nação Xambá é marcada por intolerância religiosa, perseguição e resistência. A nação segue firme até hoje, enfrentando o preconceito e a discriminação.

     

       No Brasil, o Xambá surgiu em Maceió, Alagoas, e teve como principal disseminador o Babalorixá Artur Rosendo Pereira. Babalorixá é um chefe espiritual, sacerdote nas religiões afro-brasileiras. Na década 20 do século passado, a repressão policial às casas de culto levou à fuga de centenas de pais e mães de santo de seus locais de devoção. Babalorixá Artur estava entre eles, deixou Maceió e foi morar em Recife. Na capital pernambucana, ele retoma as atividades em 1923, mas seu terreiro sofreria uma violenta repressão em 38, obrigando a realização dos cultos aos orixás de forma clandestina.

       

       É com o protagonismo de Severina Paraíso da Silva, a Mãe Biu que, nos anos 50, o terreiro abre novamente suas portas para o culto da Nação Xambá com a inauguração do Terreiro Santa Bárbara, em Olinda (PE), mantendo viva a herança de ritos e tradições religiosas do povo africano. Em 2007, o Terreiro Santa Bárbara foi tombado em pela Prefeitura de Olinda, ganhou título de Patrimônio Cultural de Olinda e passou a ser protegido pelo governo municipal. Um reconhecimento tardio, mas que retrata o legado de contribuições para a história tão diversa e plural da cultura brasileira.

  • A origem do nome

       Tchambá, Chambá ou simplesmente Xambá, seria um grupo étnico africano, habitante dos montes Adamawa, nas proximidades o rio de Iansã, orixá patrono do terreiro Santa Bárbara – Ilê Axé oyá Mengetê. Na Nigéria, Senegal e Camarões, algumas famílias, cujos membros lutaram nas guerras de independência de suas nações, carregam o “tchambá” como sobrenome.

bottom of page