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O nome disso é opressão!

   Piadas homofóbicas, expressões machistas, frases carregadas de preconceito são utilizadas com naturalidade na maioria das situações na vida em sociedade. Elas são tão comuns no cotidiano do povo brasileiro que foram absorvidas com normalidade e continuam sendo reproduzidas. Essas frases e palavras têm conotação pejorativa, rebaixam e desqualificam determinados grupos sociais, além marginalizá-los e estigmatizá-los, perpetuando uma mentalidade que dissemina estereótipos e só fortalece opressões. O primeiro passo para combater a discriminação e o preconceito é eliminando essas expressões do vocabulário.

Confira a seleção da Equipe Xambá:

 

“Muito bem, já pode casar”

Condiciona o lugar da mulher na sociedade, mostrando que ela está habilitada a casar, depois que aprende os serviços do lar.

 

"Se sai assim (na rua ou na balada) é porque quer. Mulher que se respeita não é estuprada"

Além de ditar normas sobre o corpo da mulher, culpa a vítima por sofrer algum tipo de violência e mascar o verdadeiro culpa: o agressor.

 

“Batom vermelho é coisa de puta”

Novamente imposição e normas sobre o que a mulher deve ou não fazer, usar.

“Agora pronto, não pode mais elogiar mulher na rua”

A expressão reforça a ideia de que mulher está à disposição para ser usada e receber toda sorte de “cantadas”. Quando, na realidade, o que ouve na rua e nos mais diferentes locais de sociabilidade são frases agressivas e invasivas sobre seu corpo e sexualidade.

 

 

“Queria o quê? Ela se veste que nem puta”

Em outras palavras, putas podem ser desrespeitadas e não merecem dignidade como qualquer outra pessoa.

 

 

“Você tá parecendo um traveco”

Traveco é uma forma depreciativa de se referir as travestis. Além disso, o termo ao ser usado como substantivo masculino desrespeita a identidade de gênero, já que o termo adequado é “a travesti”.

“Serviço de preto”

Essa expressão é comumente utilizada para desqualificar determinado esforço feito por alguém, como se o serviço fosse mal feito. Ela passa a ideia de que “bom” trabalho seria o do branco e deixa explícito o “preto” como algo negativo.

 

 

“A coisa tá preta”

Dito popular que significa que algo não vai bem. Em outras palavras, o preto mais uma vez associada a ideias negativas.

 

“Inveja branca”

O ideal do não negro colocado a partir da perspectiva do branco coincidir com o sinônimo de bom, o negro associado a imagem ruim.

Negro=fajuto

Branco=agradável

 

“Denegrir”

Manchar a reputação de alguém, tornar negro, obscurecer. O preconceito racial é evidente. Se é negro, não é bom!

 

“Da cor do pecado”

A tentativa de elogio esconde a sexualização do corpo da mulher negra, já tão violado. A escravidão no Brasil é marcada pela violência contra as mulheres negra, estupradas por senhores de escravos que enxergavam apenas um corpo para ser usado para serviços sexuais.

 

“Não sou tuas negas”

A expressão foi muito popular no Brasil, especialmente na internet, é racismo puro. Ela mostra que com a mulher negra tudo é permitido, mas com as outras não.

 

“Homossexualismo”

Pode parecer brincadeira, mas ainda tem gente que pronuncia a palavra. O termo correto é homossexualidade em substituição ao “ismo”, que significa doença, distúrbio. Em uma ação de respeito aos homossexuais1990, a Organização Mundial da Saúde retirou o termo homossexualismo da lista internacional de doenças mentais.

 

 “Que desperdício, tão lindo e gay”

Gays só podem ser pessoas fora dos padrões estabelecidos de beleza?

 

“Não tem problema ser gay, desde que se comporte como homem”

Se for gay, não pode “dar pinta”, precisa parecer heterossexual e seguir as normas para não ofender ninguém.

 

“Nada contra, até tenho amigos que são, mas…”

Nunca vem coisa boa depois dessa expressão. Ela é empregada em qualquer discurso feito para negar direitos aos gays.

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